sábado, 16 de dezembro de 2017



Lição 13
24 de Dezembro de 2017

Glorificados em Cristo

Texto Áureo Verdade Prática
"Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." (Fp 3.20) A plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

Leitura Diária
Segunda -1 Co 15.42-44: A transformação do corpo natural em corpo glorificado
Terça - Rm 8.22,23: A esperança na plena glorificação do nosso corpo
Quarta - 2 Co 5.4: O que é mortal será absorvido pela vida Quinta - Jd vv.24,25: Conservados para se apresentar diante de Deus
Sexta - 1Pe 5.10,11: Convidados a participar da eterna glória de Deus
Sábado – Cl 3.4: A manifestação em glória de Cristo, juntamente com a sua Noiva

Leitura Bíblica em Classe
I Coríntios 15 13 - 23
13 E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.
14 E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
15 E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam.
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.
19 Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
21 Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
 23 Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

HINOS SUGERIDOS. 310, 411, 597 da Harpa Cristã


Objetivo Geral
Mostrar que a plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
  I - Explicar qual é a esperança dos salvos em Cristo;
 II - Compreender que a salvação plena foi garantida por Jesus e confirmada pelo Espírito Santo.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A glorificação dos salvos é o evento futuro e final da obra salvadora de Cristo. Será um momento de extraordinária grandeza e felicidade, que se dará na segunda vinda de Cristo. Nesse evento, os salvos experimentarão a glorificação completa da natureza humana, pois seremos todos revestidos da glória de Deus. [Comentário. Podemos iniciar esta aula fazendo a seguinte pergunta: o que é glorificação? A resposta curta é que a "glorificação" é quando Deus remove por completo o pecado da vida dos santos (isto é, todos os que são salvos) no estado eterno (Rm 8.18; 2Co 4.17). Na vinda de Cristo, a glória de Deus (Rm 5.2) – a Sua honra, louvor, majestade e santidade - será realizada em nós; em vez de sermos mortais sobrecarregados com a natureza pecaminosa, seremos transformados em imortais santos com acesso direto e irrestrito à presença de Deus, e vamos gozar da sagrada comunhão com Ele por toda a eternidade. Ao considerar a glorificação, devemos nos concentrar em Cristo, pois Ele é a "bendita esperança" de todo cristão; também podemos considerar a glorificação final como a culminação da santificação1. Assim, a glorificação dos santos é o final da corrente de ouro da graça divina, é o futuro recebimento de absoluta e definitiva perfeição (física + mental + espiritual) por todos os crentes (Rm 8.22-23; 1Co 15.41-44,51-55; 2Co 5.1-4; 4.14-18; Jd 1.24-25). Pelas passagens de 1Co 15.51-53; 1Ts 4.13-18, entendemos que nossa glorificação começará no Arrebatamento e continuará através de toda a eternidade. Podemos, ainda, perguntar: Qual o propósito da glorificação? “O propósito da glorificação do corpo do crente é radiar o brilho da graça, das riquezas, do poder, da bondade e do amor, enfim de todos os atributos de Deus, para que, pelos séculos dos séculos, Ele (totalmente e exclusivamente) seja admirado, magnificado, adorado e louvado por todos os anjos, homens, e criação”2. Vamos pensar maduramente a fé cristã?]
1. "O que é a glorificação?" Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/glorificacao.html. Acesso em: 18dez, 2017.

2. 21. GLORIFICAÇÃO. Disponível em: http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/21-Glorificacao-Helio.htm. Acesso em: 18 dez, 2017.


PONTO CENTRAL
O evento futuro e final da obra salvadora de Cristo será a glorificação dos salvos em Jesus Cristo.

I- A GLORIOSA ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DOS SANTOS
1. A ressurreição dos santos. Há uma esperança celestial para os salvos em Cristo quando da gloriosa ressurreição dos mortos, onde estaremos para sempre com o Senhor (1Ts 4.14; Is 26.19). Essa é uma esperança do crente que tem como seu fundamento a ressurreição de Cristo, pois do mesmo modo que Ele ressuscitou, nós ressuscitaremos: "que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas" (Fp 3.21). Hoje, o nosso corpo está sujeito às enfermidades e demais fragilidades, mas na ressurreição ele será revestido de incorruptibilidade; nunca mais morreremos, pois a ressurreição dos santos será a vitória final sobre a morte e o inferno (1Co 15.54,55). [Comentário. Na última trombeta, quando Jesus vier, os santos serão submetidos a uma transformação instantânea fundamental "transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos" (1Co 15.51); em seguida, o "corruptível" se revestirá da "incorruptibilidade" (1Co 15.53). No entanto, 2 Coríntios 3.18 indica claramente que, em um sentido misterioso, "todos nós", no presente, "com o rosto desvendado" estamos "contemplando a glória do Senhor" e estamos sendo transformados à Sua imagem "de glória em glória" (2Co 3.18). Para que ninguém fique pensando que esta contemplação e transformação (como parte da santificação) sejam o trabalho de pessoas especialmente santas, a Escritura acrescenta a seguinte informação: "como pelo Senhor, o Espírito." Em outras palavras, é uma bênção concedida a cada crente. Isto não se refere a nossa glorificação final, mas a um aspecto da santificação através do qual o Espírito está nos transfigurando agora. A Ele seja a glória pelo Seu trabalho em nos santificar em Espírito e em verdade (Jd 24-25; Jo 17.17; 4.23). De acordo com Filipenses 3.20-21, a nossa pátria está nos céus, e quando o nosso Salvador retornar, Ele vai transformar os nossos corpos de humilhação para "ser igual ao corpo da sua glória." Embora ainda não sido revelado o que havemos de ser, sabemos que, quando Ele retornar em grande glória, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é (1Jo 3.2). Vamos ser perfeitamente transformados à imagem de nosso Senhor Jesus e seremos como Ele porque a nossa humanidade estará livre do pecado e de suas consequências. A nossa esperança abençoada deve nos encorajar a viver em santidade, com o Espírito nos ajudando. "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro" (1Jo 3.3)3.]
3. "O que é a glorificação?" Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/glorificacao.html. Acesso em: 18dez, 2017.

2. O destino eterno dos salvos. Os que foram alcançados pela obra salvífica de Jesus Cristo entrarão no Reino Celestial, onde haverá um eterno tempo de alegria, felicidade e bem-estar diante do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sua presença encherá a Terra com sua glória e majestade, conforme a visão do apóstolo João: "E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Ap 21.23). [Comentário. E os que não foram, alcançados? Leia aqui e aqui, dois artigos que explicam o que acontece com aqueles que nunca ouviram o Evangelho. E quanto àqueles que ouviram e experimentaram o novo nascimento? “Todos aqueles que colocaram a sua confiança em Jesus Cristo durante a Era da Igreja e morreram antes de Jesus voltar serão ressuscitados no arrebatamento. A Era da Igreja começou no Dia de Pentecostes e terminará quando Cristo voltar para levar os crentes de volta ao céu com Ele (Jo 14.1-3, 1Ts 4.16-17). O apóstolo Paulo explicou que nem todos os cristãos morrerão, mas todos serão transformados, ou seja, receberão novos corpos na ressurreição (1Co 15.50-58), alguns sem ter que morrer! Os cristãos que estão vivos, e aqueles que já morreram, serão arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, e estarão com Ele sempre!”4. Para responder uma pergunta que poderá surgir na aula: Conheceremos Nossos Entes Queridos na Vida futura? Leia aqui.]
4. O texto entre aspas foi extraído de: "Quando é que a Ressurreição acontecerá?" Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/quando-ressurreicao.html. Acesso em: 18 dez, 2017.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Todos os salvos em Jesus Cristo um dia ressuscitarão e estarão para sempre com o Senhor nos céus.


II - A PLENA SALVAÇÃO NOS CÉUS
1. Ausência de pecados e dores. A salvação plena foi garantida pela obra de Cristo na cruz e confirmada pelo Espírito Santo que nos foi dado (2 Co 5.5), tornando Ele assim, o selo dessa herança eterna que está nos céus (Ef 1.13-14). No lugar celestial não experimentaremos mais a dor dos pecados cometidos, bem como os males e dores que outros podem nos provocar. As enfermidades, moléstias, catástrofes, decepções ou qualquer tristeza humana desaparecerão para sempre (Ap 21.4). No céu experimentaremos a eterna alegria, paz, fé, esperança e amor (Ap 22.1-5; 1Co 13.13). [Comentário. O corpo glorificado, do crente será como o de Cristo (1Co 15.49, 50; Fp 3.21; 1Jo 3.2); Na encarnação, Cristo tomou carne e sangue (Hb 2.14); seremos reconhecíveis (1Co 13.12 além dos episódios de ressurreição narrados nas Escrituras: foram fácil e imediatamente reconhecidos depois de mortos (mesmo sem a ajuda de fotografias, pinturas, etc.): Samuel pela pitonisa; Moisés e Elias na transfiguração de Cristo; Lázaro e o rico e Abraão; Cristo e os 12 apóstolos em Apocalipse, etc. Eterno (2Co 5.1); Glorioso (1Co 15.43; Rm 8.18); Semelhante ao de Cristo como visto na transfiguração (Mt 17.2) e como visto glorificado no céu (Ap 1.13-16). Os usos de "glória" ("kabod" e "doxa"), e a Bíblia como um todo, indicam que o corpo glorificado do crente será perfeito, sobrenatural e supremamente enriquecido e capacitado a servir a Deus em uma posição designada para radiar o brilho da graça, das riquezas, do poder, da bondade e do amor, enfim de todos os atributos de Deus, para que, pelos séculos dos séculos, Ele (totalmente e exclusivamente) seja admirado, magnificado, adorado e louvado por todos os anjos, homens, e criação. Incorruptível, imperecível (1Co 15.42,53-54). Portanto, um corpo que permanecerá para sempre, não sujeito a doença, morte, envelhecimento e degradação. Poderoso (1Co 15.43), que nunca se cansa mas sempre faz poderosas proezas no serviço de Cristo (Ap 22.3-5)5.]
5. 21. GLORIFICAÇÃO. Disponível em: http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/21-Glorificacao-Helio.htm. Acesso em: 18 dez, 2017.
2. A plenitude nos céus. Nesta vida vivemos a tensão entre as possibilidades precárias da Terra e a alegre esperança da vida eterna nos Céus, onde estaremos para sempre com Deus (Mt 25.34). Ora, a tribulação e as dificuldades deste tempo não podem se comparar com o melhor da glória reservado para nós (Rm 8.18). A vida plena nos céus é um direito adquirido quando fomos adotados pelo Pai como filhos. Logo, a herança divina não se limita a bênçãos materiais ou espirituais do tempo presente, mas, sobretudo, a bênçãos eternas do porvir, onde viveremos numa dimensão celestial gloriosa (Rm 8.23,30).[Comentário. Então, o que vamos fazer no céu? Uma coisa que faremos é aprender. "Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?" (Rm 11.34), “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2.3). Deus é o "Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Is 57.15). Deus é maior do que a eternidade, e levará a eternidade para "compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo" (Ef 3.18-19). Em outras palavras, nunca pararemos de aprender. A Palavra de Deus diz que não estaremos no Seu paraíso sozinho. "...então, conhecerei como também sou conhecido" (1Co 13.12). Isto parece indicar que não só iremos reconhecer nossos amigos e familiares, mas vamos conhecê-los de "forma plena". Em outras palavras, não há necessidade para segredos nos céus. Não há nada para se envergonhar. Não há nada a esconder. Nós teremos a eternidade para interagir com "grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7.9). Não é de admirar que o céu será um lugar de aprendizado infinito. Conhecer todos plenamente vai levar toda a eternidade! Qualquer outra expectativa sobre o que faremos no parque eterno de Deus, o céu, será muito ultrapassada quando "dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34). Qualquer que seja a nossa atividade no céu, podemos ter certeza de que será mais maravilhosa que a nossa imaginação!6]
6. O que vamos fazer no Céu?. Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/fazer-no-ceu.html. Acesso em:18 dez, 2017.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Nossa salvação foi garantida pela obra de Cristo na cruz e é confirmada pelo Espírito Santo.


CONCLUSÃO
A salvação em Cristo é um evento passado, presente e futuro. É uma obra completa, perfeita e universal. Por isso, o autor bíblico a denomina de "tão grande salvação" (Hb 2.3). Alguns aspectos dessa gloriosa doutrina são imensuráveis e inexplicáveis, por melhor que se tente explicar (1Co 13.12). São aspectos que transcendem a compreensão humana e que serão revelados em sua totalidade somente no Reino vindouro. Glória a Deus![Comentário. Vimos ao longo do trimestre que a doutrina bíblica da “salvação” (Gr. sotēria) refere-se à ampla gama da atividade de Deus em salvar pessoas da rebelião e restaurá-las para que tenham um relacionamento bom e correto com ele. Ela tem três tempos: passado, presente e futuro. No passado fomos salvos da penalidade do pecado, no presente estamos sendo salvos do poder do pecado e no futuro seremos salvos da presença do pecado. Cada um desses três tempos da salvação é identificado por uma palavra: no passado, justificação – Salvação da Penalidade do Pecado; no presente, santificação – Salvação do Poder do Pecado, e no futuro, a glorificação – Salvação da Presença do pecado. Na doutrina Cristã da salvação, somos salvos da “ira”; quer dizer, do julgamento de Deus sobre o pecado (Rm 5.9; 1Ts 5.9). Por fim, a salvação é libertação espiritual e eterna que Deus concede imediatamente àqueles que aceitam Suas condições de arrependimento e fé no Senhor Jesus. Salvação só é possível através de Jesus Cristo (Jo 14.6; At 4.12), e depende de Deus para a sua provisão, garantia e segurança. Minha oração é que esta lição e tudo o que temos estudado até aqui nos chame ao trabalho missionário, ao envolvimento e comprometimento com a Grande Comissão, já que não há outro meio de salvação que não por meio da fé em Cristo Jesus, e sobre nós pesa essa responsabilidade! - O método de Cristo é a igreja: “A estória: Quando Cristo terminou sua obra, e chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante celebração. Um anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai contar essa boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixou doze homens preparados para essa tarefa”. Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro método.” Hernandes Dias Lopes.] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),


PARA REFLETIR
A respeito de glorificados em Cristo, responda:
• Qual a esperança celestial dos salvos em Cristo?
Há uma esperança celestial para os salvos em Cristo quando da gloriosa ressurreição dos mortos, onde estaremos para sempre com o Senhor (l Ts 4.14; Is 26.19). Essa é uma esperança do crente que tem como seu fundamento a ressurreição de Cristo, pois do mesmo modo que Ele ressuscitou, nós ressuscitaremos.
• Quem entrará no Reino Celestial?
Os que foram alcançados pela obra salvífica de Jesus Cristo.
• O que garante a nossa salvação?
A salvação plena foi garantida pela obra de Cristo na cruz e confirmada pelo Espírito Santo que nos foi dado, tornando Ele assim, o selo dessa herança eterna que está nos céus.
• O que experimentaremos no Céu?
No céu experimentaremos a eterna alegria, paz, fé, esperança e amor.
• Segundo a lição, o que não haverá no Céu?
As enfermidades, moléstias, catástrofes, decepções ou qualquer tristeza humana.




Lição 12 Perseverando na fé
 l- O que é Perseverança:
A perseverança é uma qualidade daquele que persiste, que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades.
Perseverar é conquistar seus objetivos devido ao fato de manter-se firme e fiel a seus ideias e propósitos.
Como por exemplo na frase "com talento e perseverança ele conquistou o cargo que sonhava desde criança".
Um sinônimo para perseverança é persistência, assim como tenacidade e constância.
A perseverança é uma qualidade que aparece frequentemente ligada à fé. Mais de um versículo bíblico fala nesta qualidade do fiel, e está ligado à evangelização e à prática da fé cristã, em que se acredita que ter perseverança é a qualidade de seguir Jesus mesmo diante das dificuldades e/ou tentações, e sempre fazer o bem.
Perseverança
“[Do gr. hupomonê; do lat. perseverantia]. Constância, tenacidade. Capacitação que o crente recebe, através do Espírito Santo, para permanecer fiel até a vinda de Cristo Jesus. No grego, o termo serve para ilustrar a coragem demonstrada pelo soldado em plena batalha. Perseverança é a virtude varonil que só o filho  de Deus pode ter” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 29
ll- O que é e qual o significado de apostasia?
Apostasia vem do grego apostásis, e embora originalmente tenha um significado técnico relacionado à “revolta política”, nas escrituras significa “abandono ou deserção da fé de forma consciente”, ou seja, existe uma rejeição à verdade das escrituras.
No Antigo Testamento a palavra apostasia é encontrada várias vezes apenas na Septuaginta, e sempre para traduzir expressões do hebraico que denotam um estado de rebelião contra Deus, abandono dos mandamentos de Deus e profanação do sagrado (ex.: Js 22:22; Dt 13:13; Sf 1:4-6; 2 Cr 29:19).
No Novo Testamento, a palavra apostasia é utilizada originalmente apenas duas vezes: Atos 21:21 e 2 Tessalonicenses 2:3. Na referência do livro de Atos, curiosamente a palavra apostasia é aplicada se referindo ao apóstolo Paulo, em uma acusação maliciosa de que ele estava desviando os judeus da Lei de Moisés.
Todavia, existem várias referências que tratam da apostasia e trazem advertências sobre seus perigos para a Igreja (1Tm 4:1-3; 2Tm 4:4; 2Ts 2:3; 2Pe 3:17). O próprio Jesus advertiu acerca da apostasia, destacando que ela cresce em momentos de crise e é motivada por falsos mestres (Mt 24:9-12).
O apóstolo Paulo lutou bastante contra a apostasia dentro das igrejas, sendo que ele mesmo deixou claramente dois exemplos de pessoas que apostataram da fé e muito lhe causaram danos:
Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.
E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.
(1 Timóteo 1:19,20)

A apostasia e os últimos dias
Na Bíblia encontramos muitas exortações que nos últimos dias a apostasia cresceria no meio do povo. Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, avisou que a apostasia seria um sinal dos últimos dias e que antecederá a vinda de Cristo.
Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,
Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.
(2 Tessalonicenses 2:1-3)

A apostasia e os falsos mestres
A apostasia é liderada pelos falsos mestres. Eles pregam fábulas, alegorias antibíblicas e proclamam um falso evangelho. É nesse cenário que falsos cristãos, falsos ministros e falsos profetas apareceram para tentar corromper o entendimento das pessoas, anunciando uma mensagem sem Jesus, e realizando falsos milagres.
Infelizmente essas pessoas estão nos púlpitos de muitas igrejas, estão nas pregações que muitos escutam, estão nos livros que muitos leem e também nos hinos que muitos cantam. Esse é o resultado da apostasia, o surgimento de novas “verdades”, novas igrejas e novas doutrinas, e isso nada mais é do que o abandono da verdadeira fé.

A apostasia e a heresia
Existe uma diferença grande entre apostasia e heresia. A heresia é um conhecimento errado da verdade como Paulo descreve abaixo:
E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.
E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;
Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,
E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.
(2 Timóteo 2:23-26)
Porém, podemos afirmar que a heresia é muito ligada à apostasia e quase sempre se torna sua consequência. Isso acontece porque quando há a apostasia, a pessoa se afasta da verdade Bíblica, rejeitando-a definitivamente, e assim, manifestando uma rebelião contra o próprio Deus e sua palavra, e, consequentemente, disseminando falsos ensinos e opiniões contrárias ao Evangelho.
Podemos afirmar que todo aquele que ensina conscientemente a heresia é um apostata, pois ele conhece a verdade na palavra de Deus, mas prefere ensina-la de forma distorcida e mentirosa. Desta maneira, existe uma diferença entre aquele que ouve a heresia e na sua ignorância aprende da forma errada, e aquele que ensina essa heresia.
Como notamos, Paulo, escrevendo a Timóteo, diz que para aqueles que estão na ignorância ou na falta de conhecimento, ainda há chance de serem despertados e salvos dessa ignorância, mas o verdadeiro apostata não pode ser liberto.

A apostasia e o pecado para morte
João, em sua primeira epístola (1Jo 5:16), nos fala de um pecado que é para a morte, e que para tal pecado a oração não tem efeito. Muito tem se discutido sobre o que João estava tratando nesse texto. Embora alguns intérpretes defendam que João estava falando de uma morte física, a interpretação mais amplamente aceita é a morte espiritual.
Sob essa interpretação, muitos estudiosos entendem que esse pecado seja a apostasia, já que ela é semelhante ao blasfemar contra o Espírito Santo, o mesmo tipo de pecado cometido pelos fariseus, e que Jesus deixou claro que para aquela conduta não haveria perdão (Mt 12:31).
A apostasia se encaixa perfeitamente nesse quadro, já que a rejeição voluntária da verdade não pode ser revertida, porque aquele que apostatou jamais reconhecerá o seu erro, o que caracteriza que tais pessoas não possuem o Espírito Santo que é o único que nos convence do pecado. O escritor de Hebreus falou sobre casos de apostasia, e ensinou que é impossível que os apóstatas se arrependam novamente, pois não resta mais sacrifício pelos seus pecados (Hb 6:1-6; 10:26-31).

A apostasia e o verdadeiro cristão
Não quero discutir neste texto a questão do livre-arbítrio, predestinação ou a perseverança dos santos (não é nosso tema), mas a Bíblia nos deixa claro que a apostasia é cometida por crentes nominais, ou seja, falsos crentes que nunca foram verdadeiramente nascidos de Deus.
Judas, em sua epístola, descreve bem o perfil dessas pessoas:
Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.
(Judas 1:4)
O apóstolo João também enfrentou esse tipo de problema, e exortou a igreja sobre aqueles que abandonam a fé:
Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.
Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
(1 João 2:4; 2:18,19)
Jesus nos alertou sobre isso na parábola do semeador (Lc 8:5-8), dizendo que a palavra é pregada e muitos a escutam, porém por diversos motivos não a recebem verdadeiramente, sendo que alguns creem por algum tempo, mas não permanecem, e, finalmente, existem aqueles que ouvem e permanecem firmados na verdade.
Assim, o verdadeiro cristão que é nascido de Deus, passa por crises, momentos difíceis, é confrontado pelo pecado por conta da sua natureza humana decaída, mas não consegue se conformar com o pecado e viver na prática das obras da carne(1Jo 3:9; cf. Gl 5). O verdadeiro cristão quando erra, busca desesperadamente o perdão que só Deus pode dar (1Jo 1:19).
Por outro lado, o apóstata pode permanecer na igreja durante muito tempo, ocupar cargos de destaque, falar em nome de Deus, cantar bonito, expulsar demônios, realizar milagres e ganhar a confiança da igreja, mas nunca poderá ganhar a confiança de Deus, porque Deus nunca o conheceu (Mt 7:23).
Ele cresceu no meio do trigo, ocupou o mesmo solo do trigo, foi regado como trigo mas foi colhido como joio. Ele não deixou de acreditar em Cristo, pois no fundo do seu coração, naquele lugar onde só Deus pode sondar, ele nunca realmente acreditou. Deus não pode perdoa-lo porque ele não tem do que se arrepender.
Todo aquele que nEle permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu nem o conheceu.
Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus.
(1 João 3:6; 3:9)

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lll- Quatro Aspectos da Segurança do Crente em Cristo
Texto Bíblico: Romanos 8.35-39
Introdução: O capitulo que começa com “nenhuma condenação” termina com “nenhuma separação”. E notemos que a coisa certificada e garantida é Amor de Cristo, de que o crente pode ter plena certeza, apesar de todas as circunstâncias contrárias ou ameaçadoras.
Esses versículos contêm uma das promessas mais confortadoras da Bíblia para os cristãos, que sempre tiveram de enfrentar diversas formas de adversidade (perseguições, enfermidades, prisões, morte) e, muitas vezes, temeram que Cristo os tivesse abandonado. Paulo afirmou que é impossível ser separado de Cristo. A morte dEle por nós é a prova de seu invencível amor. Nada pode separar-nos da presença de Deus.
Para qualquer cristão que esteja desencorajado, esta poderosa passagem dá a segurança do Amor Presente de Cristo, ativo em Todos os momentos da vida cristã. Existem causas maiores para o desânimo do que as que Paulo menciona? Se não, então nunca estaremos separados do amor de Cristo nesta vida. Mesmo em momentos difíceis podemos ser mais do que vencedores. (v. 37).

1- Nenhuma Condenação. (v. 1).
“Os cristãos estão livres do julgamento excludente de Deus.” Ele é inocente. “Está Livre.” O fato é que todo ser humano está no corredor da morte, condenado por ter repetidamente desobedecido à santa lei de Deus. Sem Jesus, não teríamos esperança. Mas graças a Deus, ele nos declarou             inocentes, ofereceu libertação do pecado e poder para agirmos conforme a sua divina vontade.
Vitória Sobre o Pecado.
(Garantia de salvação)

2- Nenhuma Acusação. (v. 33).
Cristo deu sua vida por você; ele não o condenará! Não negará o que você precisa para viver para ele.
É Cristo que será o Juiz sobre toda a terra, mas ele não nos condenará e até mesmo agora ele intercede (leva pedidos a Deus, o Pai) por nós. (v. 34).
Perfeita Salvação.
– “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hb 7.25).

3- Nenhuma Separação. (vv. 35-39).
Não importa quem somos nem o que venha a nos acontecer, nunca seremos separados desse amor. O sofrimento não nos afastará de Deus, mas ajudará a nos identificarmos com Jesus e permitirá que seu amor nos cure.
Segura Proteção.

4- Nenhuma Intimidação. (v. 37).
Nada pode nos separar-nos da presença de Deus. Não teremos qualquer temor se crermos nessa garantia tão maravilhosa.
Vida Vitoriosa.

Resumo: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (v. 37). – “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós…” (v.
31). Nenhuma Condenação, Nenhuma Acusação, Nenhuma Separação e Nenhuma Intimidação contra nós!
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sábado, 9 de dezembro de 2017

Lição 11- Adotados por Deus
10-12-2017

Texto Áureo
“Porque não receberes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” (Romanos 8.15)

Verdade Prática
A obra de salvação de Jesus Cristo nos possibilitou ser adotados como filhos amados de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8. 12 a 17
12 De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
13 porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15  Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.

INTRODUÇÃO
“Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome.” (João 1.12)
Cristo é o Filho de Deus, manifestado como tal desde o Seu nascimento. Os crentes, ao conhecer a Deus através de Cristo – João 17.3 – “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” - Tornam-se filhos de Deus por nascerem de Deus – Iª João 3.2a - “Amados, agora somos filhos de Deus…” É deste modo que o apóstolo João representa a ideia de relacionamento filial com Deus.
O apóstolo Paulo apresenta esta filiação como:
1 –  Uma ideia legal ( na acepção jurídica ) – a adoção – Romanos 8.15 – “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”
2 – Uma relação de renovação de vida ligada a ela – a regeneração – Iª Pedro 1.23 – Almeida Revista e Atualizada – “Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.”
3 – Uma nova criação – IIª Coríntios 5.17 – “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
4 – Uma ressurreição – Romanos 6.8 – “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos.”
Aprendemos que a Justificação é ato de Deus como Juiz.
A Adoção é ato de Deus como Pai.
Pela Justificação somos livres da condenação.
Pela Adoção somos feitos filhos de Deus e co-herdeiros com Cristo.
Pela Justificação entramos à graça de Deus.
Pela Adoção entramos na família de Deus.

I – CONCEITO BÍBLICO DE ADOÇÃO
1 – Conceito bíblico e teológico
Em Adão, somos filhos de Deus como criaturas.
Em Cristo, somos filhos de Deus por adoção.
Como criaturas nossa relação com Deus era de inimizade e estávamos:
1 – Alienados de Deus – Colossenses 1.21 – “A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más…”
Efésios 4.18 – “Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus…”
2 – Sob a ira de Deus – Colossenses 3.6 – “Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
Romanos 1.18 – “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens…”
A inimizade é substituída pela relação de filhos.
2 – Benefícios da adoção
“Agora vocês já não são mais estrangeiros no céu, mas sim membros da própria família de Deus e cidadão do país de Deus, e pertencem à casa de Deus como todos os outros cristãos.” (Efésios 2.19 – Bíblia Viva)
( a ) – Segurança – ao estarmos na convivência da família de Deus, somos protegidos pela comunhão uns com os outros, somos protegidos contra o pecado e exortados pela Palavra a crescemos na fé. Toda esta bênção nos dão garantias eternas.
( b ) – Missão – somos beneficiados com a missão superior e especial de transmitirmos e expressarmos o amor de nosso Pai. Na família de Deus, somos representantes como autoridade delegada por Deus aqui na terra.
( c ) – Fortalecidos – pertencendo à família de Deus, somos nutridos pela Palavra. Em comunhão uns com os outros e unidos em Cristo, somos vitoriosos. A nossa força se renova nestas responsabilidades familiares entre irmãos. Crescemos fortes aprendendo com os outros irmãos e também sendo responsáveis por outros irmãos.
( d ) – Servir – os membros da família de Deus são ativos. Nenhum de nós pode alegar como desculpa de que não há nada que possa fazer na família de Deus. O serviço e o ministério na Casa de Deus crescem quanto mais nos dedicamos e mais servimos na vida da Igreja.
( e ) – Comunhão – Gênesis 2.18 – “…Não é bom que o homem esteja só.” Na família de Deus não andamos por conta própria. Nós carregamos as cargas uns dos outros. Inúmeras vezes a Bíblia usa a expressão: “uns aos outros.” A igreja não é uma organização. A igreja não é o edifício. A igreja é um organismo vivo. A igreja é um corpo com os membros em comunhão.
Na família de Deus somos abençoados com:
1 – Pessoas com quem viver;
2 – Princípios pelos quais viver;
3 – Promessas que renovam nosso viver.
3 – Herdeiros da promessa
I Pedro 1.4 – “Para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós.”
Herança – gregokléronomia. Este substantivo define-se biblicamente como a parcela que Deus nos atribui. No Antigo Testamento a herança era a Terra Prometida. No Novo Testamento é a vida eterna.
Ocorre 14 vezes no Novo Testamento.
O Direito brasileiro reconhece a paternidade biológica e a paternidade legal – a adoção – e os tribunais tem reconhecido a paternidade afetiva. O filho adotivo tem os mesmos direitos de herança do filho biológico. Seu quinhão é similar ao do filho biológico.
C. H. Spurgeon chama I Pedro 1.3 a 5 de salmo do Novo Testamento. E ainda de cordão de pérolas.
A natureza celestial que recebemos em Cristo, que nos fez novas criaturas, exige também uma herança celestial. O filho destinado ao céu tem uma porção do céu, em Cristo Jesus.
Pedro com inspiração do Espírito Santo diz-nos que a herança do filho de Deus é:
1 – Incorruptível quanto à sua substância;
2 – Incontaminável quanto à sua pureza;
3 – Não se desfaz ( não murcha )  quanto à sua beleza;
4 – É segura quanto à sua posse.
Nesta vida, alguns nascem para uma grande herança e a perdem. Tronos poderosos do passado foram perdidos e ainda se perdem. Príncipes que nasceram para a herança real, foram exilados. Mas o filho de Deus, por esta bênção da adoção, tem herança segura, reservada e guardada nos céus.
Iª Coríntios 2.9 – “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.”

II – A ADOÇÃO NO TEMPO PRESENTE
1 – Parecidos com o Pai
Gênesis 1.26 – “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine…”
Deus criou o homem conforme à Sua imagem para expressá-Lo.
E lhe deu domínio para representá-Lo. Para exercer autoridade em Seu nome.
Em Adão, perdemos a imagem e fomos subjugados.
Em Cristo, somos gerados de novo à imagem de Cristo Jesus e revestidos de autoridade para representá-Lo.
Romanos 8.29 – “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho…”
Iª Coríntios 15.49 – “E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.”
Para ilustrar que na bênção da adoção somos parecidos com o nosso Pai Celestial, insiro aqui novamente esta história de David Livingstone ( 1813 – 1873 ). Este missionário escocês foi o único menino batizado nas águas por todo um ano de sua pequena congregação. E ainda que o pastor dirigente tenha sido censurado pelo ministério, que o avaliou como improdutivo, aquele menino tornou-se missionário e o primeiro explorador europeu a adentrar o interior da África, empreendendo diversas expedições missionárias e catalogando as regiões geográficas que ele visitava e conhecia, como o primeiro homem branco a fazê-lo. Ele estudou Teologia e Medicina e tornou-se um missionário médico. Foi ele quem descobriu as Cataratas Vitória. Ele faleceu de disenteria e malária numa aldeia do interior da África, e os nativos o encontraram morto na posição ajoelhado, orando.
Ilustração – O pastor missionário David Livingstone queria, desde o centro da África, alcançar o litoral, anotando geograficamente o caminho do interior até o mar. Os nativos combinaram de levá-lo se ele prometesse que voltaria com eles para dentro do grande território africano. Ele se comprometeu nisso e, então, os nativos o acompanharam e empreenderam o longo caminho até o litoral. Tendo chegado, certo dia avistaram um navio inglês, que desembarcou na praia, e o capitão do navio, ao constatar tratar-se do missionário e explorador David Livingstone, propôs a ele que embarcasse consigo para a Inglaterra, pois já nesta altura, sua fama era divulgada por todo o Reino Unido. Mas, David Livingstone fizera o compromisso de voltar com os nativos para o interior da África. Avalie que ele estava a anos sem ir ao seu país natal. Seria oportunidade excelente seguir com o navio britânico. Mas, ele declinou da oferta, e voltou à aldeia, cumprindo assim a sua palavra. E ali veio a falecer, conforme registramos acima. Anos depois, outros missionários chegaram novamente à mesma aldeia. E pregaram a Cristo. E tentando expor a pessoa de Cristo numa linguagem que os africanos pudessem compreender melhor, descreveram a Cristo em Sua simplicidade, e bondoso, amoroso, sofredor, que compreendia os nossos sofrimentos e outras virtudes. Os mais idosos da aldeia logo disseram: “Este homem morou aqui!” Claro que os missionários se surpreenderam, e se esforçaram a explicar-lhes que isso era impossível. Porém, os idosos da aldeia insistiram: “Este homem morou aqui!” Investigando cuidadosamente, entenderam: eles se referiam a David Livingstone! Viveu a graça de Deus de maneira tão frutífera entre eles, que os idosos que o conheceram, testemunharam que ele expressou a imagem de Cristo entre eles! Aleluia – João 20.21 – “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.”
2 – Ser amado pelo Pai
Iª João 4.19 – “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.”
Que simplicidade tais palavras!
Mas, elas levam todos os nossos fardos! Alivia o nosso coração. Faz do dever um prazer. Dá-nos nova visão de todas as coisas. Somos filhos bem-aventurados!
Comentando este versículo especificamente o grande pregador C. H. Spurgeon assim escreveu:
“Qual é a força que atrai os homens? Alguém diz que é a luz. Mas, os homens não são atraídos a Cristo pela luz. Às vezes, a luz os expulsam. Já vimos homens iluminados que se rebelam e até usam a verdade que aprenderam para sua própria perda. Se eu pudesse acender a luz elétrica na mente de um homem para que ele pudesse ver-se, sei que isso aumentaria a responsabilidade dele e a hostilidade, e não ganharia sua alma. Como, então, os homens são conquistados para Cristo? É pela força do amor com que Ele nos amou primeiro!”
3 – Os direitos e os deveres na adoção
A lista escrita pelo comentarista deste trimestre é extraordinária. Muito profunda. Certamente, comentar cada uma seria necessário publicar outra revista.
Dentre tantos um direitose destaca: ser guiado pelo Espírito de Deus.
Romanos 8.14 – “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.”
Fora da família de Deus, nós nos conduzimos pelos nossos próprios argumentos e filosofias. Sem rumo, desorientados na nossa ignorância.
Pertencendo à família de Deus somos liderados pelo Espírito de Deus. Nós não resistimos à graça do Senhor e viemos a Cristo. E somos dirigidos pelo Espírito do Senhor. Não como máquinas programadas e sem vontade própria. Mas, atraídos à beleza de Cristo e transformados pelo Evangelho.
Se a um homem fosse dado um monte de ouro, ninguém duvida que ele o aceitaria com prazer e prontamente. Embora fosse de seu poder recusá-lo. O Espírito Santo nos guia nas riquezas da filiação em Cristo, ele nos guia nas bênçãos da filiação divina. Não nos leva rebocados. Somos atraídos pelo Seu amor, pela Sua riqueza. Aleluia! Ele nos convence tão graciosamente. Não somos seduzidos. Somos conduzidos.
Como era a nuvem para os israelitas no deserto, assim é o Espírito Santo para os filhos de Deus.
Este guiar inclui que Ele nos inclina para as coisas de Deus – Salmo 119.35 e 36 – “Faze-me andar na verdade dos teus mandamentos, porque nela tenho prazer. Inclina o meu coração a teus testemunhos e não à cobiça.”
Onde há adoção de filhos, há condução divina pelo Espírito Santo.
O nosso principal dever é amar a Cristo, pois Deus é o nosso Pai.
João 8. 42 – “Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amaríeis…”
Eu poderia listar aqui alguns motivos para nós amarmos a Cristo.
Como exemplo, listo o motivo Dele ser fiel, mesmo quando somos infiéis. O motivo de que Ele é bom, e Sua bondade dura para sempre. O motivo de que Ele ouve nossas orações. O motivo de que Ele nos repreende para nosso próprio benefício eterno. Porque Ele tem cuidado de nós…
No Novo Testamento, multidão seguiu a Jesus.
João 6.2 – “E grande multidão o seguia,porque via os sinaisque operava sobre os enfermos.”
Amar ao Senhor Jesus somente por motivos de benefícios é muito raso.
Quando nós O amamos pelo que Ele é, então tudo que Ele tem, tudo que Ele faz, tudo que Ele pode e tudo o que Ele é nos alcança também como bênçãos!

III – A ADOÇÃO PLENA NO FUTURO
1 – Filhos eternos
Hebreus 2.10 – “Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse, pelas aflições, o Príncipe da salvação deles.”
O propósito final de Cristo é o de trazer muitos filhos à glória.
Aleluia! A salvação será consumada com a glorificação dos filhos eternos de Deus na vinda de Jesus.
Iª Coríntios 15.24 a 44 dá-nos um vislumbre do que será a vida que nos aguarda, e que está ligada com a glória pessoal do Filho de Deus.
O homem, fora da família de Deus, busca a glória nas riquezas, na política, nos feitos pessoais, nos títulos e honras humanas. Nada a ver com a glória destinada aos filhos de Deus.
Mesmo sofrendo alguns males aqui nesta nossa peregrinação, nada nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus – Romanos 8.38 e 39.
O futuro do filho de Deus é glorioso e eterno:
1 – Arrebatamento – a segunda vinda de Cristo é a esperança das esperanças dos filhos de Deus. Estamos avisados profeticamente e pela revelação das Escrituras, de que deixaremos este mundo em definitivo no solene e repentino instante do arrebatamento. Deus quer passar a eternidade com Seus filhos!
2 – Corpo glorioso – como filhos eternos de Deus, temos a divina promessa de receber um corpo transformado em espiritual, glorioso e eterno – Filipenses 3.21 – “Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.”
3 – Um lar eterno – Para filhos eternos, um lar eterno. Eis outra solene promessa do Senhor Jesus aos Seus co-herdeiros – João 14.2 – “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.”
2 – Esperando a adoção completa
Iª Coríntios 2.9 –“Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.”
Hoje, mesmo já antegozando as bênçãos gloriosas como da família de Deus, muito mais e acima de nossa imaginação, tem o Pai preparado para Seus filhos em Cristo Jesus.
A observação da natureza não nos capacita a ver o que Deus tem preparado. Pelo ouvir das pregações inspiradas de pregadores fiéis, não temos completa revelação da glória porvir. Não há como inquirir, não há como especular, não há como conceber imaginação do Céu nesta terra.
Mas será revelado aos que amam a Deus!
Depende de amar a Deus.
A revelação será gloriosa. Efetuada pelo Espírito Santo que conduz a Esposa ao Noivo. A revelação será completa no Céu.
Iª Coríntios 13.9 – “Porque, em parte, conhecemos…”
C. H. Spurgeon: “O que é o Céu esperado pelos filhos de Deus? Primeiro, falo o que ele não é: Não é conhecido pelos sentidos. Porque o olho não viu, e nem o ouvido ouviu. Apenas imaginamos: à noite, podemos pensar assim ao ver as estrelas – “Se esta terra passageira tem cobertura tão gloriosa, qual deve ser a do Céu?” A nossa percepção do Céu vem do Espírito de Deus que nos guia para lá.
O Céu não é o paraíso de nossa imaginação. Às vezes, pregadores inspirados fazem nossa imaginação voar com asas soltas e chegamos a dizer: “Foi tão maravilhoso ouvir a pregação sobre o Céu, que me fez pensar que eu estava lá!” Mas a imaginação mais sublime é a livre do pó da terra. Aqui não podemos sequer imaginar…Porque não subiu ao coração do homem!”
Como filhos eternos, esperamos a eterna adoção. A reunião da Ceia do Senhor traz-nos um vislumbre da completa bênção de pertencer à família de Deus. Irmão, você pode ver mais do Céu quando está mais perto da Cruz da vitória de Cristo.
3 – A casa do pai
Filipenses 3.20 – “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”
O filho de Deus, adotado na família de Deus, já é designado aqui na terra como cidadão dos céus. Pela regeneração fomos introduzidos entre os habitantes da glória. Vivemos de acordo com a lei de Deus. Gozamos das imunidades da cidadania celestial: liberdade da culpa e da condenação do pecado, liberdade do poder do pecado, a paz que excede todo entendimento e a segurança completa em Cristo. Nós nos deleitamos em fazer a vontade de Deus, pois não somos cidadãos deste mundo tenebroso, mas estamos envolvidos com o governo celestial.
Um filho de Deus, de tão alta cidadania do Céu, não se deixa degradar pela escravidão do mundo.

CONCLUSÃO
Três verdades finais sobre a bênção de ser filho de Deus:
1 – Somos adotados – Gálatas 4. 4 a 6;
2 – Somos disciplinados – Hebreus 12. 7 e 8;
3 – Somos da luz – I Tessalonicenses 5.5