sábado, 7 de agosto de 2010

ENTENDENDO O SACRIFÍCIO DE ISAQUE

”E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. / Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe” (Gn. 22:2, 4).

Por qual razão Deus mandou Abraão sacrificar Isaque a três dias de distância do lugar onde ele estava? Por que será que o Senhor não indicou um local mais próximo? Ele não poderia ter apontado uma outra montanha naquela redondeza? Não havia naquelas proximidades um local propício para um ato deste tipo?
É claro que sim. Mas, então, por que a três dias de distância? Por que não, por exemplo, à uma hora de distância?

Pobre Abraão, além de ir sacrificar seu filho, seu único filho, ele teria ainda que andar três dias com tão grande remorso no coração! Por quê???
Bem. A resposta, embora não seja óbvia e, mesmo estando sujeita à refutação, leva-nos a concluir algo maravilhoso.

Se Deus, como afirma a Bíblia, estava provando Abraão, então à prova deveria ser completa. Ele, Abraão, teria três dias para mudar de idéia. Sim, Deus concedeu-lhe tempo suficiente para que ele dissesse um não à sua ordem. No entanto, ainda assim, Abraão foi fiel à vontade de Deus. Que maravilha! Embora tivesse setenta e duas horas para mudar de decisão, ainda assim ele permaneceu firme na dura missão de sacrificar o seu precioso filho. Que fé! Que obediência! Não é à toa que Abraão é considerado o “pai da fé”, e os que, hoje, pertencem à fé, são seus filhos: “Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão” (Gl. 3:7).

Ademais, o fato de Abraão ter tido três dias para desobedecer ao mandado de Deus, mostra-nos o quanto este é justo. O Criador, quando nos pede alguma coisa, sempre nos oferece o livre arbítrio para aceitarmos sua ordem ou recusarmos ela. Isto também é maravilhoso. Ele, Deus, não é um Ser controlador. Ele não nos guia se nós não o queremos como o Capitão de nosso leme.

Absolutamente. Não somos obrigados a segui-lo. Todavia, somos responsáveis pelo o rumo que desejamos seguir.
Sim, não obstante Deus tenha o poder de nos moldar sem o nosso próprio consentimento, Ele não age desta forma; não abre à força a porta do nosso coração. A “maçaneta” desta fica por dentro; somos nós quem pode abri-la: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap. 3:20).
Quão maravilhoso é nosso Deus!

EV. ELI