segunda-feira, 23 de maio de 2011

O EXEMPLO DA ARANHA ( ILUSTRAÇÃO)

Roberto Bruce, rei da Escócia, combatendo forças ini¬migas superiores, embrenhou-se na floresta, e, escondido, desanimado, passou a observar o sacrifício de uma aranha que tentava construir o seu ninho, entrelaçando fios entre um pau e outro. Alguns lances difíceis, mas a aranha não se desanimava. Tentava uma, duas, seis vezes, até conse¬guir o seu intento.
Mirando-se naquele animalzinho que lhe dava um belo exemplo de tenacidade, ele pensou:
- Se uma aranha pequenina pode vencer a adversidade, eu, um rei, não devo desistir tão facilmente.
Bruce saiu do esconderijo, reuniu os soldados, e muni¬do de nova coragem e determinação, entusiasmou a todos. Venceu o inimigo na sétima batalha.
"Na vossa paciência, possuí as vossas almas" (Lc 21.19).

sábado, 16 de abril de 2011

Mitologia

Mitologia referente à Páscoa
O nome Eostre ou Ostara, como também a Deusa é chamada, tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, Muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.
Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra.
Por ser uma Deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi se perdido através dos tempos, e descrições, mitos e informaçõe sobre ela são escassos.
Seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos, Deusa do Amanhecer na mitologia grega. Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg *deusa indo-européia – esposa de Odin), ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril. Outros pesquisadores a associam à Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.
Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.
Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre. Isto maravilhou as crianças. Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar.
As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes plenamente pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.
A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.
Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.
Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.
Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida. Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.
Eostre também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente. Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.
Fontes de Consulta:
Coven – Criando e Organizando seu próprio grupo – Claudyney Prieto Explorando o Druidismo Celta – Sirona Knight Grimoire: Ayesha Grimoire: IDC Rituais Celtas – Andy Bagggot Todas as Deusas do Mundo – Claudinei Prieto Trabalho mágico para covens – Edain McCoy Wicca – A Feitiçaria Moderna – Gerina Dunwich Wicca – A Religião da Deusa – Clau

quarta-feira, 13 de abril de 2011

SÉRIE CONHECENDO JESUS CRISTO JESUS CRISTO NO AT.

3ª PARTE:
A ETERNIDADE DE JESUS
"Beijai o Filho, para que não se irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados os que nele se refugiam", SI 2.12.
No terceiro versículo deste salmo, o Filho aparece como o Ungido do Senhor: "Os reis da terra se levantam, os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido..." A palavra "ungido", em português, corresponde à palavra "Messias" no hebraico. Não há dúvida alguma, portanto, de que o Filho aqui mencionado é o Messias.
O FILHO ETERNO
A expressão "beijai o Filho" sugere uma atitude de reverência para com o Filho de Deus. As pessoas que lhe negam a adoração devida expõem-se voluntariamente ao iminente perigo de perecerem no caminho para a eternidade. A razão dessa advertência é que, brevemente, Ele virá para julgar as nações e reinar sobre a Terra: Jl 3.12-17.
Aqueles, porém, que se refugiam nele, aceitando-o como seu Rei e Salvador, serão bem-aventurados.
No sétimo versículo do mesmo salmo, lemos o seguinte: "Proclamarei o decreto do Senhor: Ele mel disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei", Sl 2.7.1
O apóstolo Paulo, profundo conhecedor das profecias messiânicas, citando estas palavras em referência a Jesus, confirma o fato de ser Ele o Messias:; "Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como está escrito no salmo segundo: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei", At 13.32,33. O escritor da carta aos hebreus, depois de fazer a mesma menção, estabelece a eternidade do Messias, apresentando-o como o eterno Filho de Deus: "... mas, acerca do Filho, diz: o teu trono, ó Deus, é para todo o sempre", Hb 1.5-8.
O SACERDOTE ETERNO
O salmo 110, atribuído a Davi pelo próprio Messias, apresenta-o como o sacerdote eterno, dizendo:
"O Senhor jurou, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque", SI 110.4 e Mt 22.44.
Esse sacerdote eterno é Jesus Cristo, pois, o autor da epístola aos hebreus, falando a respeito dele, declara: "Assim também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; como em outro lugar também diz: tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque", Hb 5.5,6; 6.20; 7.17 e 21.
Melquisedeque, embora tenha sido um personagem histórico, nada se sabe a respeito de sua origem, nem de sua morte. Tudo que sabemos a seu respeito é que era de Salém, e sacerdote do Deus Altíssimo: "Ele saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou; a quem também Abraão [naturalmente, reconhecendo a sua autoridade real e sacerdotal] deu o dízimo de tudo", Gn 14.18-20; Hb 7.1.
Em Hebreus 7.3, ele é descrito do seguinte modo: "... sem pai, sem mãe, sem genealogia, que não teve princípio de dias, nem fim de existência".
Estas características de Melquisedeque fazem-no tipificar o Messias Jesus, o qual, sendo Deus é eterno c não tem, portanto, ancestrais, nem princípio e nem fim. Cremos ter sido esta a intenção do Espírito Santo quando inspirou o autor para registrar essas palavras.
O PRIMEIRO E O ÚLTIMO
"Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, além de mim não há Deus", Is 44.6.
O "Senhor dos Exércitos", que está falando neste texto, é o Messias. Quando estudamos sobre o "Santo de Israel", verificamos que todas estas expressões lhe são atribuídas por Ele mesmo. Isto posto, fica evidente, mais uma vez, a eternidade do Messias Jesus, pois, quando Ele apareceu ao apóstolo João na Ilha de Patmos, identificou-se dizendo: "Eu sou o primeiro e o último", Ap 1.8 e 22.12. Ele é o primeiro e o último, no sentido de não ter princípio nem fim. Isto significa que Ele é eterno.
"Quem fez e executou tudo isso? Aquele que desde o princípio tem chamado as gerações à existência, eu, o Senhor, o primeiro, com os últimos eu mesmo", Is 41.4.
Já vimos que a expressão "primeiro e último", aplica-se ao Messias. Logo, Ele é quem tem chamado as gerações à existência, desde o princípio. A palavra princípio refere-se a uma era antes da contagem do tempo, ou antes da existência de todas as coisas. Ainda nesse período o Messias já existia.
No versículo 25 deste capítulo, o Messias prometido é apresentado nos seguintes termos: "Do norte suscito a um, e ele vem, a um desde o nascimento do sol...". Em Isaías 48.12, o Messias declara a sua eternidade, dizendo: "Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, sou o primeiro, e também o último".
No primeiro capítulo da epístola aos Hebreus, o escritor divinamente inspirado, falando da superioridade do Filho sobre os anjos, revela que foi a respeito dele, que o salmista escreveu as seguintes palavras: "Em tempos remotos lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obras das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permaneces. Todos envelhecerão como um vestido, como roupa os mudarás , e serão mudados. Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim", SI 102.25-27.
Estas palavras transcritas na íntegra em Hebreus 1.10-12 referem-se ao Messias Jesus, pois Ele é o Filho mencionado no salmo segundo, e citado aqui pelo escritor desta epístola.
O PAI DA ETERNIDADE
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz", Is 9.6.
O profeta, falando por inspiração divina, prevê um evento que se daria 730 anos mais tarde, e descreve-o como se já fosse realizado. Diz ele: "um menino nos nasceu, um filho se nos deu".
A esperança messiânica para os judeus consiste basicamente no advento do Messias, descendente de Davi, o qual reinará em Israel e dominará todas as nações da terra: SI 22.27,28. Esse rei universal é aqui apresentado como "um menino nascido, em cujos ombros está o governo".
No Novo Testamento, somos informados que esse Menino-Rei, é Jesus. O anjo Gabriel, dirigindo-se à virgem Maria, proferiu as seguintes palavras: "Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi seu pai; ele reinará para sempre na casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim", Lc 1.31-33.
Conforme o texto que estamos considerando, Ele é "Pai da eternidade". A palavra eternidade, aqui, pode referir-se ao período que medeia entre a eternidade passada e a eternidade futura, abrangendo desde a criação até o fim da história humana. Se tomarmos a palavra neste sentido, a expressão "pai da eternidade" significaria que esse rei nascido é anterior à existência de todas as coisas. Moisés, em seu salmo (90.2), parece favorecer tal interpretação quando diz: "Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus". Entretanto, se tomarmos a palavra no sentido absoluto, a expressão significa que o Messias é a origem ou a causa da eternidade; que a eternidade existe, porque Ele sempre existiu; que ninguém há mais eterno do que Ele, porque Ele é "Pai da eternidade". Cremos que esta segunda interpretação é mais aceitável. Seja como for, fica provada mais uma vez, a eternidade do Messias.
O profeta Miquéias, contemporâneo de Isaías, apresenta uma eloqüente confirmação desta verdade, dizendo: "E tu Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade", Mq 5.2.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Conhecendo a Jesus

2ª PARTE: A SANTIDADE DE JESUS
"Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como cordeiro foi levado ao matadouro, e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca", Is 53.7.
Na estrada que desce de Jerusalém para Gaza, o evangelista Filipe, sabiamente orientado pelo Espírito Santo, teve oportunidade de explicar este texto ao eunuco etíope, dizendo-lhe que se tratava da pessoa de Jesus: "E Filipe, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus", At 8.32.
À semelhança de uma ovelha quando está sendo tosquiada, o Messias Jesus sofreu em silêncio as afrontas de seus algozes. Realmente, Ele não abriu a sua boca para murmurar ou blasfemar. Isto demonstra claramente a sua santidade e, conseqüentemente, a sua divindade.
O CORDEIRO IMACULADO
O cordeiro, sendo um animal dócil e maleável, serve perfeitamente para representar a humildade e a mansidão do Messias Jesus, conforme Ele próprio declarou: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração", Mt 11.29.
O profeta Jeremias, referindo-se à sua inocência em face das maquinações de seus patrícios que procuravam matá-lo, ainda que inconscientemente, mas inspirado pelo Espírito Santo, faz alusão ao Messias nos seguintes termos: "Eu era como manso cordeiro, que é levado ao matadouro", Jr 11.19.
Na instituição da Páscoa, Deus determinou que o cordeiro fosse fisicamente perfeito: não poderia ser coxo, cego, aleijado, ou ter qualquer outro defeito, pois deveria ter todas as condições físicas para tipificar a perfeição moral daquele que mais tarde seria apresentado como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", Jo 1.29.
O fermento, símbolo da corrupção, era terminantemente proibido durante a festa da Páscoa. À noite, o cordeiro deveria ser comido com pães asmos, isto é, sem fermento. Esta é a razão por que o apóstolo Paulo, exortando os crentes de Corinto a uma vida de santidade, faz a seguinte observação: "Lançai fora o velho fermento para que sejais nova massa, como de fato sois sem fermento. Pois também Cristo [o Messias], nosso cordeiro pascal, já foi imolado por nós", 1 Co 5.7.
MEU SERVO, O JUSTO
Há, no capítulo 53 de Isaías, uma seqüência de expressões referentes a uma mesma pessoa. Já vimos que o cordeiro mencionado no versículo 7 é o Messias. Daí chegamos à conclusão de que todo esse capítulo fala a respeito do Messias.
Assim sendo, Ele é apresentado pelo profeta, nos seguintes termos: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu servo, o justo, com o seu conhecimento justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si", Is 53.11.
O apóstolo João, na sua primeira epístola, informa-nos que o justo, aqui referido pelo profeta, é Jesus: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo", 1 Jo 2.1.
O artigo definido masculino singular "o" aqui anteposto à palavra "justo", indica claramente que o Messias Jesus foi o único justo que pisou na face da terra, em todos os tempos. Isto prova a sua absoluta santidade. Portanto, quando aqui viveu, não era meramente homem, e sim, Deus humanizado.
"E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico esteve na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem engano houve em sua boca", Is 53.9.
Aqui, mais uma vez, é afirmada a santidade do Messias. E o apóstolo Pedro, na sua primeira epístola universal, encarrega-se de explicar que essa pessoa santa, aqui referida, é o Messias Jesus: "O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano", 1 Pe 2.22.
Jamais houve, nem há de haver em toda a história da raça humana, uma pessoa que tivesse moral tão elevada, a ponto de se dizer a seu respeito: "Nunca fez injustiça"'. Somente o Messias Jesus teve caráter e conduta perfeitos. Claro está, portanto, que Ele é realmente o Deus que se fez carne.
O SANTO DE ISRAEL
"Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu santo veja a corrupção", SI 16.10.
É possível que Davi, ao escrever estas palavras, estivesse pensando ser ele mesmo a pessoa aqui referida. Entretanto, elas não se cumpriram nele, porque, na realidade, sua alma foi deixada na morte até o dia de hoje, e ele viu a corrupção, no sentido de ter sido pecador como qualquer um de nós. Quem é, pois, essa pessoa? O apóstolo Pedro em seu célebre sermão proferido no dia de Pentecoste, falando sobre isso disse: "Porque a respeito dele diz Davi... não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu santo veja a corrupção", At 2.25-28.
Daí conclui que Davi, ao escrever estas palavras inspirado pelo Espírito Santo, previu a ressurreição e a santidade do Messias Jesus, cuja alma realmente não foi deixada na morte, nem Ele viu a corrupção, visto que nunca pecou.
Certa feita, Jesus, provando a sinceridade dos seus discípulos, perguntou-lhes: "E vós também quereis vos retirar?". Isto provocou uma contundente resposta do apóstolo Pedro: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. Nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus". Jo 6.66-68.
A expressão "Santo de Israel" aparece dezenas de vezes nos escritos proféticos, e sempre se refere ao Messias. 0 Santo de Israel é o nosso Rei, o Senhor Deus, e o Salvador do seu povo: SI 89.18; Is 10.20; 43.3; 48.17.
Ele é para Israel: o Senhor, o Criador, o Santo, o Rei, o Redentor: Is 41.14; 43.14,15; 47.4; 48.7; 54.5. O Santo de Israel é aquele que habitará no meio de Sião, em quem os homens se alegrarão: Is 12.6 e 29.19. Por intermédio do Santo de Israel, os príncipes inclinar-se-ão a Israel: Is 49.7. Ele é o Senhor dos Exércitos e o Deus de toda a Terra: Is 6.3; 47.4 e 54.5.
O Messias Jesus, falando através do profeta Ezequiel, a respeito de sua própria santidade, faz a seguinte declaração:
"Farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou o Senhor, o Santo de Israel", Ez 39.7. Veja ainda os seguintes textos: Jó 6.10; SI 71.22; SI 78.41; Is 1.4; 5.19; 30.11; 60.9; 60.14; Jr 51.5 e He 3.3.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA
Jair José Rodrigues - A PESSOA DE JESUS NO ANTIGO TESTAMENTO
Gióia, Egídio - Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos, p. 356.
Olson, N. Lawrence - O Servo de Jeová, p. 55.
Crabtree, A. R. - A Profecia de Isaías, p. 232.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Curso conhecendo o Espírito Santo
Parte I
O PLANO INICIAL

“Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.(Gen. 2:7)

N
ão existe hoje método técnico, científico e concreto melhor do que o exame de DNA para provar a paternidade ou maternidade de uma criança. Por quê? Porque a criança possui dentro de si uma parte de sua mãe e de seu pai através de sua genética. Na criação, o único ser que Deus colocou uma parte Dele foi o homem. Observe que, pela Palavra, Deus trouxe o mundo à existência. Mas Deus não disse: “Faça-se o homem!”, e sim:

“... Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gen. 1:26a)

Ou seja, o próprio Criador fez o homem e colocou dentro dele uma parte de Si, o Seu Espírito, o fôlego de vida. Observe que Deus soprou nas narinas do homem. Ora, se o Criador quisesse apenas dar vida ao homem, Ele poderia soprar sobre o homem inteiro, ou ordenar que o homem vivesse; mas Ele desejou que o homem fosse mais do que uma criação, Ele desejou que o homem fosse seu filho; por isso colocou o Seu “DNA” no homem, uma parte de Si, a terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Na Bíblia de Jerusalém reconhecidamente, a que melhor traduz os textos originais) a tradução para a palavra “soprou” de Gen. 2:7 é “insuflou”, que significa: “encheu de”. Que coisa tremenda! Deus soprou (insuflou) exatamente nas narinas do homem, pois desejou que o Espírito entrasse dentro dele, e o homem tornou-se alma vivente. Só existe vida verdadeira quando o Espírito está dentro de nós. Um homem sem o Espírito de Deus dentro de si não passa de um boneco, uma marionete manipulada por sua mente carnal, pelo mundo em que vive e pelos poderes espirituais da maldade.

 Um projeto perfeito:

A tricotomia humana: corpo, alma e espírito, semelhança da Trindade divina, foi um projeto perfeito de Deus. Ele deu ao homem um corpo físico, que nada mais é do que uma armadura, a moradia da alma e do espírito, algo que lhe dá consciência do mundo material. Deu também uma alma eterna, que é o próprio homem, seu caráter, sua personalidade, o que lhe dá consciência de si mesmo e lhe deu um espírito, que é a parte de Deus nele. Todo homem tem um espírito, tenha sido ele transformado em filho de Deus ou não. A diferença é que, aquele que é transformado em filho de Deus, através de sua conversão a Cristo recebe em seu espírito o Espírito de Deus, tornando-se um santuário, como descreve o apóstolo Paulo em I Coríntios 6:17 e 19:

“Mas aquele que se une ao Senhor constitui com Ele um só espírito.”

“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em (dentro de) vós e que recebestes de Deus? ...e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos?

Já o não convertido permanece apenas com seu espírito humano, visto que o pecado rompeu o elo que ligava o homem a Deus. Em ambos os casos, ao morrer o homem, o espírito volta para Deus que o deu, conforme Eclesiastes 12:7. A palavra grega para espírito é “pneuma” e a hebraica “ruach” que significa “ar”. Por isso Deus insuflou no homem o seu fôlego. Entendamos o seguinte: quem soprou foi Deus, do “ar” que saiu de Seu interior. Não confunda isso com o nosso ar natural chamado oxigênio. Muitos entendem que o espírito é que irá para o céu ou para o inferno. Não! Todo espírito volta para Deus. A alma, ou seja, o verdadeiro homem, pois o corpo é pó e ao pó retornará, é que será destinada a salvação ou perdição eterna. O que gera dúvidas é que embora a alma seja distinta do espírito, a mesma também é um espírito, como os anjos. No entanto, ela não é o “pneuma”; é abstrata e imortal. A sua alma é quem realmente você é. O seu corpo é reflexo de sua alma, fica alegre quando ela está alegre, triste quando ela está triste, doente quando ela está doente. Quando Cristo cura completamente sua alma, todo o seu corpo e´ completamente curado.

 A outra metade humana

Além de tornar o homem um ser vivente, outra obra prima da criação foi feita a partir do próprio homem:

“E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher...” (Gen. 2:22)

Quando a Palavra declara “mulher”, se refere ao feminino do homem, pois, na realidade, Deus formou uma moça, uma virgem, uma noiva para Adão, que veio a se tornar uma mulher, sua esposa. Como ela foi formada a partir do homem, levou consigo também uma parte de Deus, sendo feita sua filha.
O plano do Criador foi perfeito! Seus filhos se multiplicariam e encheriam a Terra. Uma raça perfeita, sem doenças, dores, com cem por cento de sua faculdade mental (hoje usamos seis por cento), sem morte, com uma terra produtiva. Creio que o plano de Deus era que o homem dominasse o universo. Imagine que, se com seis por cento da faculdade mental, mais mortes, enfermidades, dores, aflições, fome, desespero, etc., o homem chegou à lua, envia satélites à Marte, avançou na ciência e na tecnologia, muito mais teria feito com uma mente perfeita, um corpo perfeito em uma terra perfeita! Não creio que o nosso Deus tenha criado esse universo apenas para enfeitar o nosso céu durante a noite. Não! O homem seria, provavelmente, o grande administrador da criação divina.

 O elo é rompido.

Infelizmente entra em cena o pecado. O elo divino é rompido, a terra amaldiçoada, o Espírito de Deus deixa o interior do homem e da mulher, que juntos sofrem as conseqüências da queda. Deus, em seu infinito amor, decreta que assim como por um homem (Adão) entrou o pecado no mundo, por um homem (Jesus) seríamos remidos e justificados. Desta forma, Deus profere a sentença de satanás, em Gen. 3:15, dizendo que, da semente da mulher, nasceria um homem (Jesus) que esmagaria a cabeça da serpente (satanás). A vitória de Cristo e a derrota de satanás foi decretada ali.

 Filhos de Deus X filhos do diabo

Jesus recebe a incumbência divina de restaurar o elo de ligação entre o Espírito Santo e o espírito humano, mas enquanto isso não ocorre na cruz do Calvário, Deus estabelece que o sangue do sacrifício de animais fará a expiação do pecado humano, a partir do momento em que matou um animal, provavelmente um cordeiro, e fez para Adão e Eva roupas para cobrirem sua nudez (pecado). O homem passa a ser apenas uma criatura, perdendo a condição de filho de Deus.

“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” (Mc 16:15)

É lógico que Cristo não se referia a criaturas como árvores, animais, etc., mas aos homens que, pelo pecado, regrediram a essa posição, e, somente por intermédio de Jesus podem retornar à posição de filho:

“Veio para o que era seu, mas os seus não O receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome.” (Jo 1:11,12)

Jesus denomina três estágios humanos distintos: criatura de Deus, filho de Deus e filho do diabo. Não há como existir criatura do diabo, pois o mesmo não tem condições nem poder para criar nada. O máximo que pode fazer é imitar ou tomar como dele alguma criação de Deus. Não consigo entender como pessoas podem dizer: “esse instrumento é do diabo”, “essa cor é do diabo”, “a praia é do diabo”, etc. No livro de Jó, capítulo 41, versículo 11, Deus diz:

“Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois tudo quanto existe debaixo de todo céu é meu.”

Tudo pertence a Deus! Satanás não tem nada, nem a chave de sua casa, pois lhe foi tirada por Jesus de Nazaré. Sendo assim ele não pode ser criador, apenas um posseiro (pessoa que toma posse de algo que não lhe pertence). Segundo Jesus ele pode ser pai:

“Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai... (Jo 8:44)

Como funciona isso? É simples! Todos nós somos criaturas de Deus, ou melhor, nos tornamos criaturas por causa do pecado. Mas chega o momento em que a verdade contida no Evangelho de Jesus Cristo nos é apresentada. É nesse momento que o Espírito nos convence a receber a Cristo como salvador ou não. Se o recebemos somos transformados em filho de Deus (Jo 1:12), nascidos não da vontade da carne ou do sangue, mas de Deus; se desprezamos a Palavra e não o recebemos, somos transformados em filhos do diabo.


 Não existe meio termo.

Sei que esta é uma palavra dura, mas acontece que no Reino de Deus não existe meio termo. É sim ou não, verdade ou mentira, bem ou mal. Em Mateus 12:30 Jesus disse:

“Quem não é comigo é contra mim; quem comigo não ajunta, espalha”.

Analise: eu poderia não ajuntar, mas também não espalhar, ou seja, deixar do jeito que está. Mas isso só ocorre no reino humano, material. No reino de Deus quem não ajunta, espalha, quem não é filho de Deus, é filho do diabo. No decorrer deste estudo você entenderá completamente o que é ser filho de Deus e que o batismo com o Espírito Santo tem tudo a ver com essa situação. Para isso será necessário entendermos o plano emergencial de Deus para o seu povo, que estaremos tratando a seguir.

Não percam o próximo capítulo !!!!!