sábado, 16 de dezembro de 2017



Lição 13
24 de Dezembro de 2017

Glorificados em Cristo

Texto Áureo Verdade Prática
"Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo." (Fp 3.20) A plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

Leitura Diária
Segunda -1 Co 15.42-44: A transformação do corpo natural em corpo glorificado
Terça - Rm 8.22,23: A esperança na plena glorificação do nosso corpo
Quarta - 2 Co 5.4: O que é mortal será absorvido pela vida Quinta - Jd vv.24,25: Conservados para se apresentar diante de Deus
Sexta - 1Pe 5.10,11: Convidados a participar da eterna glória de Deus
Sábado – Cl 3.4: A manifestação em glória de Cristo, juntamente com a sua Noiva

Leitura Bíblica em Classe
I Coríntios 15 13 - 23
13 E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou.
14 E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.
15 E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam.
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18 E também os que dormiram em Cristo estão perdidos.
19 Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
20 Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.
21 Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem.
22 Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo.
 23 Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

HINOS SUGERIDOS. 310, 411, 597 da Harpa Cristã


Objetivo Geral
Mostrar que a plena glorificação dos salvos se dará na segunda vinda gloriosa de Cristo.

Objetivos Específicos
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
  I - Explicar qual é a esperança dos salvos em Cristo;
 II - Compreender que a salvação plena foi garantida por Jesus e confirmada pelo Espírito Santo.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A glorificação dos salvos é o evento futuro e final da obra salvadora de Cristo. Será um momento de extraordinária grandeza e felicidade, que se dará na segunda vinda de Cristo. Nesse evento, os salvos experimentarão a glorificação completa da natureza humana, pois seremos todos revestidos da glória de Deus. [Comentário. Podemos iniciar esta aula fazendo a seguinte pergunta: o que é glorificação? A resposta curta é que a "glorificação" é quando Deus remove por completo o pecado da vida dos santos (isto é, todos os que são salvos) no estado eterno (Rm 8.18; 2Co 4.17). Na vinda de Cristo, a glória de Deus (Rm 5.2) – a Sua honra, louvor, majestade e santidade - será realizada em nós; em vez de sermos mortais sobrecarregados com a natureza pecaminosa, seremos transformados em imortais santos com acesso direto e irrestrito à presença de Deus, e vamos gozar da sagrada comunhão com Ele por toda a eternidade. Ao considerar a glorificação, devemos nos concentrar em Cristo, pois Ele é a "bendita esperança" de todo cristão; também podemos considerar a glorificação final como a culminação da santificação1. Assim, a glorificação dos santos é o final da corrente de ouro da graça divina, é o futuro recebimento de absoluta e definitiva perfeição (física + mental + espiritual) por todos os crentes (Rm 8.22-23; 1Co 15.41-44,51-55; 2Co 5.1-4; 4.14-18; Jd 1.24-25). Pelas passagens de 1Co 15.51-53; 1Ts 4.13-18, entendemos que nossa glorificação começará no Arrebatamento e continuará através de toda a eternidade. Podemos, ainda, perguntar: Qual o propósito da glorificação? “O propósito da glorificação do corpo do crente é radiar o brilho da graça, das riquezas, do poder, da bondade e do amor, enfim de todos os atributos de Deus, para que, pelos séculos dos séculos, Ele (totalmente e exclusivamente) seja admirado, magnificado, adorado e louvado por todos os anjos, homens, e criação”2. Vamos pensar maduramente a fé cristã?]
1. "O que é a glorificação?" Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/glorificacao.html. Acesso em: 18dez, 2017.

2. 21. GLORIFICAÇÃO. Disponível em: http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/21-Glorificacao-Helio.htm. Acesso em: 18 dez, 2017.


PONTO CENTRAL
O evento futuro e final da obra salvadora de Cristo será a glorificação dos salvos em Jesus Cristo.

I- A GLORIOSA ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO DOS SANTOS
1. A ressurreição dos santos. Há uma esperança celestial para os salvos em Cristo quando da gloriosa ressurreição dos mortos, onde estaremos para sempre com o Senhor (1Ts 4.14; Is 26.19). Essa é uma esperança do crente que tem como seu fundamento a ressurreição de Cristo, pois do mesmo modo que Ele ressuscitou, nós ressuscitaremos: "que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas" (Fp 3.21). Hoje, o nosso corpo está sujeito às enfermidades e demais fragilidades, mas na ressurreição ele será revestido de incorruptibilidade; nunca mais morreremos, pois a ressurreição dos santos será a vitória final sobre a morte e o inferno (1Co 15.54,55). [Comentário. Na última trombeta, quando Jesus vier, os santos serão submetidos a uma transformação instantânea fundamental "transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos" (1Co 15.51); em seguida, o "corruptível" se revestirá da "incorruptibilidade" (1Co 15.53). No entanto, 2 Coríntios 3.18 indica claramente que, em um sentido misterioso, "todos nós", no presente, "com o rosto desvendado" estamos "contemplando a glória do Senhor" e estamos sendo transformados à Sua imagem "de glória em glória" (2Co 3.18). Para que ninguém fique pensando que esta contemplação e transformação (como parte da santificação) sejam o trabalho de pessoas especialmente santas, a Escritura acrescenta a seguinte informação: "como pelo Senhor, o Espírito." Em outras palavras, é uma bênção concedida a cada crente. Isto não se refere a nossa glorificação final, mas a um aspecto da santificação através do qual o Espírito está nos transfigurando agora. A Ele seja a glória pelo Seu trabalho em nos santificar em Espírito e em verdade (Jd 24-25; Jo 17.17; 4.23). De acordo com Filipenses 3.20-21, a nossa pátria está nos céus, e quando o nosso Salvador retornar, Ele vai transformar os nossos corpos de humilhação para "ser igual ao corpo da sua glória." Embora ainda não sido revelado o que havemos de ser, sabemos que, quando Ele retornar em grande glória, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é (1Jo 3.2). Vamos ser perfeitamente transformados à imagem de nosso Senhor Jesus e seremos como Ele porque a nossa humanidade estará livre do pecado e de suas consequências. A nossa esperança abençoada deve nos encorajar a viver em santidade, com o Espírito nos ajudando. "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro" (1Jo 3.3)3.]
3. "O que é a glorificação?" Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/glorificacao.html. Acesso em: 18dez, 2017.

2. O destino eterno dos salvos. Os que foram alcançados pela obra salvífica de Jesus Cristo entrarão no Reino Celestial, onde haverá um eterno tempo de alegria, felicidade e bem-estar diante do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sua presença encherá a Terra com sua glória e majestade, conforme a visão do apóstolo João: "E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Ap 21.23). [Comentário. E os que não foram, alcançados? Leia aqui e aqui, dois artigos que explicam o que acontece com aqueles que nunca ouviram o Evangelho. E quanto àqueles que ouviram e experimentaram o novo nascimento? “Todos aqueles que colocaram a sua confiança em Jesus Cristo durante a Era da Igreja e morreram antes de Jesus voltar serão ressuscitados no arrebatamento. A Era da Igreja começou no Dia de Pentecostes e terminará quando Cristo voltar para levar os crentes de volta ao céu com Ele (Jo 14.1-3, 1Ts 4.16-17). O apóstolo Paulo explicou que nem todos os cristãos morrerão, mas todos serão transformados, ou seja, receberão novos corpos na ressurreição (1Co 15.50-58), alguns sem ter que morrer! Os cristãos que estão vivos, e aqueles que já morreram, serão arrebatados ao encontro do Senhor nos ares, e estarão com Ele sempre!”4. Para responder uma pergunta que poderá surgir na aula: Conheceremos Nossos Entes Queridos na Vida futura? Leia aqui.]
4. O texto entre aspas foi extraído de: "Quando é que a Ressurreição acontecerá?" Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/quando-ressurreicao.html. Acesso em: 18 dez, 2017.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Todos os salvos em Jesus Cristo um dia ressuscitarão e estarão para sempre com o Senhor nos céus.


II - A PLENA SALVAÇÃO NOS CÉUS
1. Ausência de pecados e dores. A salvação plena foi garantida pela obra de Cristo na cruz e confirmada pelo Espírito Santo que nos foi dado (2 Co 5.5), tornando Ele assim, o selo dessa herança eterna que está nos céus (Ef 1.13-14). No lugar celestial não experimentaremos mais a dor dos pecados cometidos, bem como os males e dores que outros podem nos provocar. As enfermidades, moléstias, catástrofes, decepções ou qualquer tristeza humana desaparecerão para sempre (Ap 21.4). No céu experimentaremos a eterna alegria, paz, fé, esperança e amor (Ap 22.1-5; 1Co 13.13). [Comentário. O corpo glorificado, do crente será como o de Cristo (1Co 15.49, 50; Fp 3.21; 1Jo 3.2); Na encarnação, Cristo tomou carne e sangue (Hb 2.14); seremos reconhecíveis (1Co 13.12 além dos episódios de ressurreição narrados nas Escrituras: foram fácil e imediatamente reconhecidos depois de mortos (mesmo sem a ajuda de fotografias, pinturas, etc.): Samuel pela pitonisa; Moisés e Elias na transfiguração de Cristo; Lázaro e o rico e Abraão; Cristo e os 12 apóstolos em Apocalipse, etc. Eterno (2Co 5.1); Glorioso (1Co 15.43; Rm 8.18); Semelhante ao de Cristo como visto na transfiguração (Mt 17.2) e como visto glorificado no céu (Ap 1.13-16). Os usos de "glória" ("kabod" e "doxa"), e a Bíblia como um todo, indicam que o corpo glorificado do crente será perfeito, sobrenatural e supremamente enriquecido e capacitado a servir a Deus em uma posição designada para radiar o brilho da graça, das riquezas, do poder, da bondade e do amor, enfim de todos os atributos de Deus, para que, pelos séculos dos séculos, Ele (totalmente e exclusivamente) seja admirado, magnificado, adorado e louvado por todos os anjos, homens, e criação. Incorruptível, imperecível (1Co 15.42,53-54). Portanto, um corpo que permanecerá para sempre, não sujeito a doença, morte, envelhecimento e degradação. Poderoso (1Co 15.43), que nunca se cansa mas sempre faz poderosas proezas no serviço de Cristo (Ap 22.3-5)5.]
5. 21. GLORIFICAÇÃO. Disponível em: http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/21-Glorificacao-Helio.htm. Acesso em: 18 dez, 2017.
2. A plenitude nos céus. Nesta vida vivemos a tensão entre as possibilidades precárias da Terra e a alegre esperança da vida eterna nos Céus, onde estaremos para sempre com Deus (Mt 25.34). Ora, a tribulação e as dificuldades deste tempo não podem se comparar com o melhor da glória reservado para nós (Rm 8.18). A vida plena nos céus é um direito adquirido quando fomos adotados pelo Pai como filhos. Logo, a herança divina não se limita a bênçãos materiais ou espirituais do tempo presente, mas, sobretudo, a bênçãos eternas do porvir, onde viveremos numa dimensão celestial gloriosa (Rm 8.23,30).[Comentário. Então, o que vamos fazer no céu? Uma coisa que faremos é aprender. "Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?" (Rm 11.34), “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2.3). Deus é o "Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Is 57.15). Deus é maior do que a eternidade, e levará a eternidade para "compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo" (Ef 3.18-19). Em outras palavras, nunca pararemos de aprender. A Palavra de Deus diz que não estaremos no Seu paraíso sozinho. "...então, conhecerei como também sou conhecido" (1Co 13.12). Isto parece indicar que não só iremos reconhecer nossos amigos e familiares, mas vamos conhecê-los de "forma plena". Em outras palavras, não há necessidade para segredos nos céus. Não há nada para se envergonhar. Não há nada a esconder. Nós teremos a eternidade para interagir com "grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7.9). Não é de admirar que o céu será um lugar de aprendizado infinito. Conhecer todos plenamente vai levar toda a eternidade! Qualquer outra expectativa sobre o que faremos no parque eterno de Deus, o céu, será muito ultrapassada quando "dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34). Qualquer que seja a nossa atividade no céu, podemos ter certeza de que será mais maravilhosa que a nossa imaginação!6]
6. O que vamos fazer no Céu?. Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/fazer-no-ceu.html. Acesso em:18 dez, 2017.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Nossa salvação foi garantida pela obra de Cristo na cruz e é confirmada pelo Espírito Santo.


CONCLUSÃO
A salvação em Cristo é um evento passado, presente e futuro. É uma obra completa, perfeita e universal. Por isso, o autor bíblico a denomina de "tão grande salvação" (Hb 2.3). Alguns aspectos dessa gloriosa doutrina são imensuráveis e inexplicáveis, por melhor que se tente explicar (1Co 13.12). São aspectos que transcendem a compreensão humana e que serão revelados em sua totalidade somente no Reino vindouro. Glória a Deus![Comentário. Vimos ao longo do trimestre que a doutrina bíblica da “salvação” (Gr. sotēria) refere-se à ampla gama da atividade de Deus em salvar pessoas da rebelião e restaurá-las para que tenham um relacionamento bom e correto com ele. Ela tem três tempos: passado, presente e futuro. No passado fomos salvos da penalidade do pecado, no presente estamos sendo salvos do poder do pecado e no futuro seremos salvos da presença do pecado. Cada um desses três tempos da salvação é identificado por uma palavra: no passado, justificação – Salvação da Penalidade do Pecado; no presente, santificação – Salvação do Poder do Pecado, e no futuro, a glorificação – Salvação da Presença do pecado. Na doutrina Cristã da salvação, somos salvos da “ira”; quer dizer, do julgamento de Deus sobre o pecado (Rm 5.9; 1Ts 5.9). Por fim, a salvação é libertação espiritual e eterna que Deus concede imediatamente àqueles que aceitam Suas condições de arrependimento e fé no Senhor Jesus. Salvação só é possível através de Jesus Cristo (Jo 14.6; At 4.12), e depende de Deus para a sua provisão, garantia e segurança. Minha oração é que esta lição e tudo o que temos estudado até aqui nos chame ao trabalho missionário, ao envolvimento e comprometimento com a Grande Comissão, já que não há outro meio de salvação que não por meio da fé em Cristo Jesus, e sobre nós pesa essa responsabilidade! - O método de Cristo é a igreja: “A estória: Quando Cristo terminou sua obra, e chegou ao céu, os anjos o receberam com exultante celebração. Um anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu consumaste a obra da redenção, mas quem vai contar essa boa nova para o mundo inteiro?” Jesus respondeu: “Eu deixou doze homens preparados para essa tarefa”. Retrucou o anjo: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Jesus respondeu: “Se eles falharem eu não tenho outro método.” Hernandes Dias Lopes.] “... corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus ...” (Hebreus 12.1-2),


PARA REFLETIR
A respeito de glorificados em Cristo, responda:
• Qual a esperança celestial dos salvos em Cristo?
Há uma esperança celestial para os salvos em Cristo quando da gloriosa ressurreição dos mortos, onde estaremos para sempre com o Senhor (l Ts 4.14; Is 26.19). Essa é uma esperança do crente que tem como seu fundamento a ressurreição de Cristo, pois do mesmo modo que Ele ressuscitou, nós ressuscitaremos.
• Quem entrará no Reino Celestial?
Os que foram alcançados pela obra salvífica de Jesus Cristo.
• O que garante a nossa salvação?
A salvação plena foi garantida pela obra de Cristo na cruz e confirmada pelo Espírito Santo que nos foi dado, tornando Ele assim, o selo dessa herança eterna que está nos céus.
• O que experimentaremos no Céu?
No céu experimentaremos a eterna alegria, paz, fé, esperança e amor.
• Segundo a lição, o que não haverá no Céu?
As enfermidades, moléstias, catástrofes, decepções ou qualquer tristeza humana.




Lição 12 Perseverando na fé
 l- O que é Perseverança:
A perseverança é uma qualidade daquele que persiste, que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades.
Perseverar é conquistar seus objetivos devido ao fato de manter-se firme e fiel a seus ideias e propósitos.
Como por exemplo na frase "com talento e perseverança ele conquistou o cargo que sonhava desde criança".
Um sinônimo para perseverança é persistência, assim como tenacidade e constância.
A perseverança é uma qualidade que aparece frequentemente ligada à fé. Mais de um versículo bíblico fala nesta qualidade do fiel, e está ligado à evangelização e à prática da fé cristã, em que se acredita que ter perseverança é a qualidade de seguir Jesus mesmo diante das dificuldades e/ou tentações, e sempre fazer o bem.
Perseverança
“[Do gr. hupomonê; do lat. perseverantia]. Constância, tenacidade. Capacitação que o crente recebe, através do Espírito Santo, para permanecer fiel até a vinda de Cristo Jesus. No grego, o termo serve para ilustrar a coragem demonstrada pelo soldado em plena batalha. Perseverança é a virtude varonil que só o filho  de Deus pode ter” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 29
ll- O que é e qual o significado de apostasia?
Apostasia vem do grego apostásis, e embora originalmente tenha um significado técnico relacionado à “revolta política”, nas escrituras significa “abandono ou deserção da fé de forma consciente”, ou seja, existe uma rejeição à verdade das escrituras.
No Antigo Testamento a palavra apostasia é encontrada várias vezes apenas na Septuaginta, e sempre para traduzir expressões do hebraico que denotam um estado de rebelião contra Deus, abandono dos mandamentos de Deus e profanação do sagrado (ex.: Js 22:22; Dt 13:13; Sf 1:4-6; 2 Cr 29:19).
No Novo Testamento, a palavra apostasia é utilizada originalmente apenas duas vezes: Atos 21:21 e 2 Tessalonicenses 2:3. Na referência do livro de Atos, curiosamente a palavra apostasia é aplicada se referindo ao apóstolo Paulo, em uma acusação maliciosa de que ele estava desviando os judeus da Lei de Moisés.
Todavia, existem várias referências que tratam da apostasia e trazem advertências sobre seus perigos para a Igreja (1Tm 4:1-3; 2Tm 4:4; 2Ts 2:3; 2Pe 3:17). O próprio Jesus advertiu acerca da apostasia, destacando que ela cresce em momentos de crise e é motivada por falsos mestres (Mt 24:9-12).
O apóstolo Paulo lutou bastante contra a apostasia dentro das igrejas, sendo que ele mesmo deixou claramente dois exemplos de pessoas que apostataram da fé e muito lhe causaram danos:
Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.
E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.
(1 Timóteo 1:19,20)

A apostasia e os últimos dias
Na Bíblia encontramos muitas exortações que nos últimos dias a apostasia cresceria no meio do povo. Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, avisou que a apostasia seria um sinal dos últimos dias e que antecederá a vinda de Cristo.
Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,
Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.
(2 Tessalonicenses 2:1-3)

A apostasia e os falsos mestres
A apostasia é liderada pelos falsos mestres. Eles pregam fábulas, alegorias antibíblicas e proclamam um falso evangelho. É nesse cenário que falsos cristãos, falsos ministros e falsos profetas apareceram para tentar corromper o entendimento das pessoas, anunciando uma mensagem sem Jesus, e realizando falsos milagres.
Infelizmente essas pessoas estão nos púlpitos de muitas igrejas, estão nas pregações que muitos escutam, estão nos livros que muitos leem e também nos hinos que muitos cantam. Esse é o resultado da apostasia, o surgimento de novas “verdades”, novas igrejas e novas doutrinas, e isso nada mais é do que o abandono da verdadeira fé.

A apostasia e a heresia
Existe uma diferença grande entre apostasia e heresia. A heresia é um conhecimento errado da verdade como Paulo descreve abaixo:
E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.
E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;
Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,
E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.
(2 Timóteo 2:23-26)
Porém, podemos afirmar que a heresia é muito ligada à apostasia e quase sempre se torna sua consequência. Isso acontece porque quando há a apostasia, a pessoa se afasta da verdade Bíblica, rejeitando-a definitivamente, e assim, manifestando uma rebelião contra o próprio Deus e sua palavra, e, consequentemente, disseminando falsos ensinos e opiniões contrárias ao Evangelho.
Podemos afirmar que todo aquele que ensina conscientemente a heresia é um apostata, pois ele conhece a verdade na palavra de Deus, mas prefere ensina-la de forma distorcida e mentirosa. Desta maneira, existe uma diferença entre aquele que ouve a heresia e na sua ignorância aprende da forma errada, e aquele que ensina essa heresia.
Como notamos, Paulo, escrevendo a Timóteo, diz que para aqueles que estão na ignorância ou na falta de conhecimento, ainda há chance de serem despertados e salvos dessa ignorância, mas o verdadeiro apostata não pode ser liberto.

A apostasia e o pecado para morte
João, em sua primeira epístola (1Jo 5:16), nos fala de um pecado que é para a morte, e que para tal pecado a oração não tem efeito. Muito tem se discutido sobre o que João estava tratando nesse texto. Embora alguns intérpretes defendam que João estava falando de uma morte física, a interpretação mais amplamente aceita é a morte espiritual.
Sob essa interpretação, muitos estudiosos entendem que esse pecado seja a apostasia, já que ela é semelhante ao blasfemar contra o Espírito Santo, o mesmo tipo de pecado cometido pelos fariseus, e que Jesus deixou claro que para aquela conduta não haveria perdão (Mt 12:31).
A apostasia se encaixa perfeitamente nesse quadro, já que a rejeição voluntária da verdade não pode ser revertida, porque aquele que apostatou jamais reconhecerá o seu erro, o que caracteriza que tais pessoas não possuem o Espírito Santo que é o único que nos convence do pecado. O escritor de Hebreus falou sobre casos de apostasia, e ensinou que é impossível que os apóstatas se arrependam novamente, pois não resta mais sacrifício pelos seus pecados (Hb 6:1-6; 10:26-31).

A apostasia e o verdadeiro cristão
Não quero discutir neste texto a questão do livre-arbítrio, predestinação ou a perseverança dos santos (não é nosso tema), mas a Bíblia nos deixa claro que a apostasia é cometida por crentes nominais, ou seja, falsos crentes que nunca foram verdadeiramente nascidos de Deus.
Judas, em sua epístola, descreve bem o perfil dessas pessoas:
Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.
(Judas 1:4)
O apóstolo João também enfrentou esse tipo de problema, e exortou a igreja sobre aqueles que abandonam a fé:
Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.
Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
(1 João 2:4; 2:18,19)
Jesus nos alertou sobre isso na parábola do semeador (Lc 8:5-8), dizendo que a palavra é pregada e muitos a escutam, porém por diversos motivos não a recebem verdadeiramente, sendo que alguns creem por algum tempo, mas não permanecem, e, finalmente, existem aqueles que ouvem e permanecem firmados na verdade.
Assim, o verdadeiro cristão que é nascido de Deus, passa por crises, momentos difíceis, é confrontado pelo pecado por conta da sua natureza humana decaída, mas não consegue se conformar com o pecado e viver na prática das obras da carne(1Jo 3:9; cf. Gl 5). O verdadeiro cristão quando erra, busca desesperadamente o perdão que só Deus pode dar (1Jo 1:19).
Por outro lado, o apóstata pode permanecer na igreja durante muito tempo, ocupar cargos de destaque, falar em nome de Deus, cantar bonito, expulsar demônios, realizar milagres e ganhar a confiança da igreja, mas nunca poderá ganhar a confiança de Deus, porque Deus nunca o conheceu (Mt 7:23).
Ele cresceu no meio do trigo, ocupou o mesmo solo do trigo, foi regado como trigo mas foi colhido como joio. Ele não deixou de acreditar em Cristo, pois no fundo do seu coração, naquele lugar onde só Deus pode sondar, ele nunca realmente acreditou. Deus não pode perdoa-lo porque ele não tem do que se arrepender.
Todo aquele que nEle permanece não está no pecado. Todo aquele que está no pecado não o viu nem o conheceu.
Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus.
(1 João 3:6; 3:9)

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lll- Quatro Aspectos da Segurança do Crente em Cristo
Texto Bíblico: Romanos 8.35-39
Introdução: O capitulo que começa com “nenhuma condenação” termina com “nenhuma separação”. E notemos que a coisa certificada e garantida é Amor de Cristo, de que o crente pode ter plena certeza, apesar de todas as circunstâncias contrárias ou ameaçadoras.
Esses versículos contêm uma das promessas mais confortadoras da Bíblia para os cristãos, que sempre tiveram de enfrentar diversas formas de adversidade (perseguições, enfermidades, prisões, morte) e, muitas vezes, temeram que Cristo os tivesse abandonado. Paulo afirmou que é impossível ser separado de Cristo. A morte dEle por nós é a prova de seu invencível amor. Nada pode separar-nos da presença de Deus.
Para qualquer cristão que esteja desencorajado, esta poderosa passagem dá a segurança do Amor Presente de Cristo, ativo em Todos os momentos da vida cristã. Existem causas maiores para o desânimo do que as que Paulo menciona? Se não, então nunca estaremos separados do amor de Cristo nesta vida. Mesmo em momentos difíceis podemos ser mais do que vencedores. (v. 37).

1- Nenhuma Condenação. (v. 1).
“Os cristãos estão livres do julgamento excludente de Deus.” Ele é inocente. “Está Livre.” O fato é que todo ser humano está no corredor da morte, condenado por ter repetidamente desobedecido à santa lei de Deus. Sem Jesus, não teríamos esperança. Mas graças a Deus, ele nos declarou             inocentes, ofereceu libertação do pecado e poder para agirmos conforme a sua divina vontade.
Vitória Sobre o Pecado.
(Garantia de salvação)

2- Nenhuma Acusação. (v. 33).
Cristo deu sua vida por você; ele não o condenará! Não negará o que você precisa para viver para ele.
É Cristo que será o Juiz sobre toda a terra, mas ele não nos condenará e até mesmo agora ele intercede (leva pedidos a Deus, o Pai) por nós. (v. 34).
Perfeita Salvação.
– “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hb 7.25).

3- Nenhuma Separação. (vv. 35-39).
Não importa quem somos nem o que venha a nos acontecer, nunca seremos separados desse amor. O sofrimento não nos afastará de Deus, mas ajudará a nos identificarmos com Jesus e permitirá que seu amor nos cure.
Segura Proteção.

4- Nenhuma Intimidação. (v. 37).
Nada pode nos separar-nos da presença de Deus. Não teremos qualquer temor se crermos nessa garantia tão maravilhosa.
Vida Vitoriosa.

Resumo: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (v. 37). – “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós…” (v.
31). Nenhuma Condenação, Nenhuma Acusação, Nenhuma Separação e Nenhuma Intimidação contra nós!
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